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Operação salvem a casa da vizinha!

Vou começar o texto de hoje falando de minha mãe: a mulher mais arretada que conheço! Além de guerreira é uma figura daquelas nada repetida e difícil de se encontrar. Um coração tão enorme que as vezes exagera... e como exagera!

Certa tarde estava ela dentro de casa quando sentiu um cheiro forte de fumaça vindo da rua. Era a casa da vizinha e melhor amiga dela que estava pegando fogo. O mais curioso é que a filha da vizinha dormia tranquila no sofá enquanto as chamas tomavam conta da sala e o outro filho praticava exercícios físicos com os amigos no quintal da casa. Cada qual mais distraido que o outro. Quando mainha viu a sala pegando fogo tratou logo de mobilizar toda a vizinhança. Aos berros ela anunciou na rua que a casa da mulher estava em chamas e que precisava de ajuda para conter o estrago. Bastou um único grito para que todos saíssem de suas casas e fossem ver o motivo pra tanto alvoroço. Quem me narrou essa história em tom de humor foi meu irmão, outra figura rara da família. Segundo ele, os gritos de mainha foram ouvidos a dois quarteirões lá de casa. rs...

Pois bem... em cidade de interior não existe corpo de bombeiros e foi o jeito improvisar com os baldes de água. Balde pra lá e balde pra cá, mas ainda era pouco pra apagar o fogo. Foi aí que minha mãe falou em voz alta que um cobertor cheio de água talvez resolvesse o problema. Daí a coitada de uma outra vizinha vendo ela falar aquilo lembrou que tinha uma dessas cobertas grossas guardada. Ela tinha ganhado de um dos filhos que mora no "sul". Funcionava como um mimo a ser mostrado a quem perguntava pelo filho ausente e era também um objeto importante para a senhora solidária.

Rapidamente ela abriu o cobertor e pediu para que mainha tivesse cuidado com aquele pedaço de pano, pois tinha sido presente do filho mais velho. Mainha aperriada com aquele acontecimento encheu o cobertor de água ao ponto de precisar de umas três pessoas para levantarem o manto. E no um, dois e três... eles jogaram o cobertor onde havia chama. Meu irmão conta que o pano evaporou. Parecia que no lugar da água tinham jogado baldes de álcool.

Depois de minutos de tentativas, o fogo foi controlado. Resultado: ninguém ficou ferido, a vizinha só soube do acontecido quando retornara de uma viagem, a filha que dormia acordou com a bagunça, os meninos que estavam no quintal ajudaram a salvara a casa e a gentil senhora que cedeu o cobertor até hoje se lembra com desgosto do fato. Deu pra perceber que quase todos foram felizes para sempre né?

Apesar do final meio trágico, eu dou belas risadas lembrando da comédia. Minha mãe correndo de um lado pro outro, fazendo barulho e mobilizando o povo para acudir a casa da vizinha. Uma atitude engraçada e ao mesmo tempo rara. Coisa que não se vê todo dia em cidade grande, mas suficiente pra eu ter certeza de que o melhor lugar não é aquele onde a gente acha que tem tudo, mas sim aquele que tem as coisas necessárias para sermos verdadeiramente bons.

1 comentários:

ugauga disse...

MENINITA HELEINE!!
GRAÇAS A DEUS TEVE UM FINAL BOM E NADA DE MAL ACONTECEU..
TER TUDO NÃO É SER FELIZ...
SER FELIZ É TER O QUE TEMOS E MANTERMOS A BONDADE NO CORAÇÃO E A ALMA PURA.
E CONQUISTARMOS TUDO NA HUMILDADE E NA HONESTIDADE.
BJUS..

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