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Imagem do dia: Serra da Capivara- Piauí (2010)


Serra da Capivara, São Raimundo Nonato - Piauí. Uma das viagens mais gostosas da minha vida. Quatro amigas e o desafio de chegar nesse horizonte de caatinga.


Xô solidão!

"Não me deixe só que o meu destino é raro. Eu não preciso que seja caro . Quero gosto sincero de amor".

Hoje ouvi esse trecho de uma das minhas canções favoritas e me lembrei do ontem. Quando em alguns instantes de fraqueza me senti só. Eu moro só desde os 17 e ter esses momentos de frescurite sentimental me soam normais. Mas essa sensação chata de se achar sozinha no mundo é para os fracos e como sou fraca, apesar da armadura de mulher independente! Mas o bom é que tenho pessoas queridas que me fazem cair na real.

Uma dessas quedas aconteceu esses dias, quando fiquei sabendo que um amigo em uma situação semelhante a minha (longe de casa...milhas e milhas distantes) foi assaltado. Depois do susto ele ligou para os amigos que no mesmo instante foram encontrá-lo para dar o apoio moral que todo ser humano precisa depois de passar por algo assim. Dito isso, perguntei: -Pra quê você ligou para eles? e a resposta foi simples e me doeu como um beliscão: - Porque eles são meus amigos! Se isso acontecesse contigo você ia ligar para quem? 

Na hora desviei o assunto porque fiquei sem graça em ser tão egoísta, de não querer dividir coisas muito minhas com meus amigos ou por temer que em uma situação parecida ninguém ligaria para mim. Mas junto com o vacilo filosófico veio a luz, ou melhor, a lucidez. Se sentir só é apenas um tolo e bobo estado de espírito e ele passa voando quando percebemos que temos amigos de verdade por perto.

Os versos no começo desse post falam muito desses meus momentos raros, mas que existem. E afirmo sem sombra de dúvidas que o tesouro mais precioso dessa minha vida louca são as pessoas que consegui conquistar ao longo da caminhada. 

Voltei...ufa!


 Toc, toc, toc! Tem alguém aí? Espero que sim! Depois de anos de altos e baixos resolvi voltar a rabiscar meus pensamentos por aqui. E a sensação não foi de abandono, acreditem, foi de aprendizados e muitaaaaaaaaaaa história para contar. Finalmente saí de um emprego de 5 anos que me sufocou a alma, com trabalhos e muitas desilusões. Como tudo, no começo foi lindo, uma oportunidade de começar bem a carreira, etc. Depois vieram as horas extras e a falta de reconhecimento. Percebi que tinha chegado a hora de partir para outra.

 Cansada do mercado, busquei a Geografia como alento e me descobri uma esforçada aprendiz. Me apaixonei por nuvens, na verdade elas sempre me fizeram suspirar, mas foi na Climatologia que encontrei meu eu geográfico. E como tem sido uma aventura gostosa. Sempre fui uma amante da paisagem, mas não saber explicá-la me angustiava. Na geografia meu olhar superficial de uma ex-produtora de tv se transformou em uma vontade doida de aprender os termos técnicos e conhecer os mestres dessa ciência. As leituras do grande Aziz Ab'Saber me inspiram a buscar um olhar mais atento, apesar das dificuldades.
 Mas não desisti do Jornalismo! A ideia sempre foi juntar as duas coisas. Passei dois meses assessorando político e odiei, mas a experiência me deixou uma porta aberta e consegui recentemente minha primeira matéria em uma revista sobre Meio Ambiente. Quer casamento melhor?

 A vida de estudante me rendeu várias viagens. Conheci mais do meu Ceará, fui ao Rio Grande do Norte, Maranhão, Tocantins e Manaus. E espero pegar a estrada outras vezes mais. Bancar a aventureira sempre foi um estilo de vida, a sensação de não ter um lugar e procurá-lo nas minhas andanças me faz crescer. Encontrei nessa aventura geográfica uma meia dúzia de amigos de verdade e quase uma centena de desavenças. Impressionante como o mundo é cheio daqueles que se incomodam com a gente, mas não aceitam a recíproca. Descobri que o falso moralismo está por toda parte. Fazer o quê?! #paciência

 Mas cheguei esses dias a conclusão de que viver bem e feliz depende mais de você do que do outro e as alegrias mais intensas encontrei nas coisas mais simples, como ler um livro ou admirar uma nuvem. Melancolias a parte, espero nas próximas postagens compartilhar minhas histórias com vocês, das que vivi nas viagens geográficas e das que vivo na viagem da vida. Beijos e até mais!